Com um emprego estável em um orgão público federal, a psicóloga Ana
Ribeiro, de 31 anos, acordou um dia e percebeu que não queria nada
daquilo. Insatisfeita com o trabalho, ela chegou a se tornar empresária
do ramo de venda de empadas até largar tudo e investir em uma paixão de
infância: o videogame.
Em 2011, Ana arrumou as malas e deixou o Brasil rumo à Europa. "Eu
resolvi fazer o que eu sempre gostei. Hoje em dia, você pode fazer um
curso e se tornar um profissional dos games. Então, eu fui para a
Inglaterra e fiz os cursos de programação em jogos de videogame e um
mestrado em jogos de videogame", conta Ana, empolgada.
A maranhense, que hoje mora em Beaconsfield, Buckinghamshire, no Reino
Unido, terminou o mestrado em "design e desenvolvimento de jogos" da
National Film and Television School (NFTS), no fim de 2014.
O estudo resultou na criação do jogo "Pixel Rift", o primeiro título
brasileiro criado para ser jogado em óculos de realidade aumentada
(Oculus Rift), segundo o site especializado em desenvolvimento de jogos
no Brasil "Geração Gamer".
"Para mim, eu estou brincando, de férias o tempo todo. Se antes eu
contava as horas para terminar o dia, hoje, eu já não vejo o tempo
passar. Eu corri um risco grande ao largar tudo, mas se eu pudesse fazer
tudo de novo, eu faria. E, se possível, faria antes", afirma Ana.
Empresa quer financiar jogo
Para jogar "Pixel Rift", é preciso ter em mãos um computador, um joystick e um head set, além do óculos de realidade aumentada.
Ao colocar o óculos, o jogador entra em uma espécie de realidade
virtual e tem a impressão de que ele é o personagem principal, que passa
por fases nas quais interage com games de diferentes épocas, em uma
referência clara à evolução dos gráficos dos jogos ao longo do tempo.
Feliz com a criação, Ana quer aproveitar o sucesso do "Pixel Rift" e
continuar trabalhando para "voar mais alto". No site dos criadores do
óculos, o jogo da maranhense está em primeiro lugar na categoria à qual
pertence.
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