Hackers europeus teriam roubado US$ 1 bilhão de mais de 100 bancos em
todo o mundo nos últimos dois anos. De acordo com a Kaspersky Lab, a
organização criminosa Carbanak teria atacado sistemas de pagamento
eletrônico de instituições de 30 países.
Ao contrário da maioria das investidas contra bancos, que rouba
contas de clientes, a quadrilha atacou diretamente as instituições. Para
invadir os sistemas os hackers utilizaram malwares que se infiltraram
nos computadores dos bancos em busca de fraquezas nas operações diárias.
Uma vez que instalada, a praga virtual permite aos criminosos
controlar totalmente os computadores, o que pode ter contribuído para a
elaboração dos crimes. Usando vídeos possivelmente gravados por PCs
comprometidos, os criminosos conseguiram analisar toda a rotina das
instituições em busca de vulnerabilidades.
"Mesmo que a qualidade dos vídeos fosse relativamente pobre, eles
ainda eram bons o suficiente para os hackers entendessem o que a vítima
estava fazendo. Isto deu a eles o conhecimento de que precisavam para
sacar o dinheiro", explica a Kaspersky em relatório.
Ataque sofisticado
O grupo Carbanak ainda alterou as bases de dados e os saldos de uma
série de contas bancárias, embolsando a diferença sem que o dono da
conta jamais tivesse o conhecimento. Eles também programaram caixas
eletrônicos para emitir notas em momentos específicos, sem ter que
interagir fisicamente com o terminal. Durante a ação, pessoas
contratadas recolhiam o dinheiro e o transferiam para as contas dos
criminosos.
"Esses ataques a bancos são surpreendentes, pois não faz diferença
para os criminosos qual o software utilizado pelos bancos. Uma vez que
entraram na rede, os criminosos escondem os crimes por trás de ações
legítimas. É um roubo muito sofisticado e profissional ", afirma Sergey
Golovanov, pesquisador de segurança da Kaspersky.
A maior parte
dos ataques da quadrilha aconteceu a bancos da Russia, nos EUA,
Alemanha, China e Ucrânia, mas os ataques também aconteceram no Brasil e
em partes da Ásia, Oriente Médio, Africa e Europa. Confira o mapa com
os principais alvos do Carbanak:
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