Se você fizer a pergunta: você toma cuidado quando acessa a página do
seu banco via celular, provavelmente terá quase 100% de respostas
positivas. Porém, se a pergunta for: você se preocupa com os dados
solicitados pelo seu aplicativo sobre dicas de atividades físicas,
apenas 6% responderiam sim, eu me preocupo. A informação é um dos dados
que saltam aos olhos de uma pesquisa realizada recentemente pela
Symantec com mais de 6 mil usuários, em 9 países - incluindo o Brasil. A
conclusão da Norton Mobile Apps Survey é
preocupante porque, na verdade, os riscos envolvidos com a disseminação
de dados particulares é bem maior que a possibilidade de alguma fraude
bancária via celular, já que os sistemas dos bancos são mais robustos e
estão sob constante vigilância - não dá para dizer o mesmo do aplicativo
gratuito que você baixou para tentar perder uns quilinhos, por exemplo.
Privacidade: o "x" da questão
Talvez o maior
problema seja o fato de que o conceito de privacidade parece distante da
maior parte dos usuários. Tanto é que a mesma pesquisa mostra que 68%
dos entrevistados aceitam compartilhar dados particulares em troca de um
aplicativo gratuito. Num país como o Brasil, por exemplo, o dado é
especialmente preocupante porque os dados compartilhados podem incluir a
localização e os hábitos cotidianos - uma porta aberta para que
mal-intecionados consigam rastrear os passos de possíveis vítimas.
Nesse
sentido, os usuários de aplicativos de fitness estão entre os mais
afetados: boa parte desses aplicativos coleta em tempo real a
localização dos usuários e, dependendo das regras de uso, pode
compartilhar essa informação livremente.
Longo demais, nem li
Esse
é outro ponto mostrado na pesquisa: todo mundo sabe que a maioria não
lê as regras de uso exibidas pelos aplicativos na hora do download.
Porém, o que surpreende é que mesmo entre os que lêem, a maioria não
compreende com precisão o texto.
O problema se estend ao próprio
uso do celular: boa parte dos aplicativos gratuitos não tem o mesmo grau
de desenvolvimento de aplicativos pagos. E entre as vítimas pode estar a
bateria do seu smartphone - muitos deles simplesmente exaurem a sua
carga rapidamente. Nesse quesito, os maiores vilões são os games.
Vírus?
Para
completar, quase metade dos pesquisados (43%) não acredita na
existência de vírus para smartphones - apesar dos constantes casos e
alertas divulgados pela mídia.
Ou seja, pelos resultados da pesquisa ainda há muito trabalho de educação a ser feito no mundo móvel.
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